O Ministério da Educação (MEC) bloqueou em torno de 30% do orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A confirmação foi informada à Instituição pelo Governo Federal na terça-feira (30) e divulgada na noite de ontem. A redução será de R$29.784.641,00, sendo R$ 28.788.728,00 de custeio e R$ 995.913 de investimento para o exercício 2019.
A redução de recursos atinge a manutenção e o funcionamento de toda a UFMS e de acordo com a universidade vai afetar o fomento aos projetos de ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação. O reitor Marcelo Turine informou que todas as atividades desenvolvidas na Instituição serão atingidas pelo corte no orçamento. “Vamos ter de repensar todos os editais de apoio e criar estratégicas criativas e inovadoras para manutenção do funcionamento da UFMS”, disse.
Em funcionamento há 40 anos, a universidade é a maior instituição pública de ensino superior em Mato Grosso do Sul, e atualmente oferece 116 cursos de graduação e 61 de pós-graduação (mestrado e doutorado), presente em 21 municípios. A Instituição tem aproximadamente 2,8 mil professores e técnicos-administrativos e 23 mil estudantes.
Uma reunião emergencial da Reitoria com todos os pró-reitores esta prevista para ser realizada nesta sexta-feira para definir exatamente quais as estratégias e ações de contingência serão tomadas de forma urgente. “Neste momento, destacamos que toda a comunidade científica e a sociedade sul-mato-grossense estão atentas”, finalizou o reitor.
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (2) que o dinheiro retirado das universidades federais será investido na Educação Básica. Ele disse que a educação no Brasil é como uma casa com um “excelente telhado e paredes podres”. “A gente não vai cortar recurso por cortar. A ideia é investir na Educação Básica. Ouso dizer até que um número considerável não sabe sequer a tabuada. Sete vezes oito? Não vai saber responder. Então pretendemos investir na base. Não adianta ter um excelente telhado na casa se as paredes estão podres. É o que acontece atualmente”, disse em entrevista ao SBT.
Correio do Estado