Profissionais pedem medidas mais rigorosas para conter o avanço do coronavírus
Infectologistas de Mato Grosso do Sul que trabalham na saúde local e no enfrentamento direto da Covid-19 no Estado, divulgaram uma carta aberta à sociedade pedindo conscientização da população e medidas mais restritivas.
Na carta os profissionais reforçam a importância da suspensão de atividades não-essenciais para impedir a transmissão desnecessária do vírus para as pessoas, redução na circulação de pessoas para evitar a disseminação do vírus.
Além de identificação e isolamento dos casos sintomáticos ou suspeitos de Covid-19 antes do agravamento da doença.
“Distanciamento social rigoroso em todos os ambientes, inclusive durante os deslocamentos. Caso não seja possível garantir o distanciamento, este ambiente se tornará, inevitavelmente, de risco à vida”, acrescenta o texto.
Segundo os profissionais, em razão do “atraso” da união em adotar medidas mais restritivas, ainda vivenciaremos muitos casos graves e óbitos nos próximos dias.
“Caso consigamos executá-las nos próximos 14 dias, pouparemos tragédias e sofrimentos. Medidas verdadeiramente restritivas puderam reduzir a sobrecarga do sistema de saúde em cidades do Brasil e de outros países que as adotaram. Países conseguiram salvar vidas, evitar sequelas e economizar recursos da saúde pública, baseados em distanciamento social rigoroso”, conclui.
O texto foi publicado pela infectologista Mariana Croda. Em seu instagram ela completa dizendo que essas são as únicas medidas capazes de diminuir a incidência da doença. “Nós infectologistas reforçamos: rigoroso distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, vacina em massa e uma política de enfrentamento clara e baseada na ciência”.
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul já tem 3.915 óbitos por Covid-19 e 205.712 confirmações, desde o início da pandemia. São 20 novas mortes e 1.616 casos confirmados nas últimas 24 horas.
De terça (23) para esta quarta (24), Campo Grande registrou 419 novos casos.1.092 pessoas estão internadas, sendo 613 em leitos clínicos (419 público; 194 privado) e 479 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (356 público; 123 privado).
A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 110%; Dourados 91%; Três Lagoas 96% e Corumbá 100%.
Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) desta quarta-feira (24).
Correio do Estado